Ọrí a consciência A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele. É talvez uma das maiores fontes de problemas de todos os seres humanos, por ser ao mesmo tempo o facto mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.
Ori a consciência é a percepção imediata
A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age.
A consciência refletida ou secundária é a capacidade de o Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los. A consciência, no seu plano mais simples e básico, permite-nos reconhecer o impulso irresistível para conservar a vida e desenvolver um interesse por si mesmo.
Ọrí Ọkẹ “A mente é o campo onde atua o EU”, Ọrí Àpẹrẹ Ọrùn “Fonte do poder divino”, Ọrí Àkọkọ “Fonte do poder da criação”, Ọrí Ìwà “O bom caráter”, Ọrí Ìpọrì “Superior”, Ọrí Àpẹrẹ “Os padrões da consciência”, Ọrí Ìnù “O interior humano a fonte da inconsciência, ligada a parte espiritual”, Ọrí Ìpọrì “Fonte do poder do pensamento”, e Ọrí Ṣ’ẹkú “Fonte do poder da sabedoria”, juntos são a consciência, no seu plano mais complexo e elaborado, a parte de nossa própria existência, e só e revelado através do oráculo de Ifá.
A consciência deriva do conhecimento, e pensamento
É uma potencialidade de Ọrí pouco explorada, pelo que ainda existe muito por desvendar, e o pouco que se sabe é muitas vezes questionável. Ela é a estrutura mais complexa que se pode imaginar. No entanto, áreas como a filosofia da mente, a psicologia, a neurologia e a ciência cognitiva têm sido essenciais para definir o conceito de consciência, nomeadamente o seu papel e a sua importância na vida do ser humano. A consciência pode ser sucintamente descrita como o organismo do sistema conhecedor que está intimamente relacionado com a mente e o pensamento humano. É considerada a função alta da mente, pois implica que o indivíduo seja conhecedor do mundo, estando plenamente ciente dos seus acontecimentos ou fatos, de forma a poder participar ativa e determinantemente na sua construção histórica.
A consciência permite igualmente ao ser humano perscrutar o ambiente, percebendo a relação com ele estabelecida. A consciência permite distinguir os humanos do Divino, a consciência é uma característica moldada pela evolução. Os seres humanos apresentam uma consciência que lhes permite envolverem-se com o meio, modificando-o através de processos que se influenciam mutuamente, como a memória, o pensamento, e muitas outras nobres ações que fazem do Homem um ser único e incomparável. Assim, os nossos preciosos sentidos são essenciais para que a consciência atue de modo favorável ao ser humano, possibilitando a percepção do mundo exterior através da ligação entre os estímulos externos é espiritual, e as suas associações que forma um conjunto de fatores que determina a consciência.
O termo inconsciente descreve um complexo psíquico de natureza praticamente incompreensível e misteriosa. Define uma zona de psiquismos constituída pela criatividade, paixões, medos, desejos, impulsos, tendências e até a própria vida ou morte. Os Yọrùbá acreditavam na existência de atividade no Ọrí para além da consciência. No entanto, Ọrí Ìnù “O interior humano a fonte da inconsciência, ligada a parte espiritual”, é a concepção de inconsciente, demonstrando que o mundo de Ọrí não pode ser reduzido aos conteúdos conscientes e que certos conteúdos só se tornam acessível depois de passarem por um estado de inconsciência este processo ocorre porque deixamos de esta alinhando com o divino.
O consciente e o inconsciente coordenam as nossas ações
O consciente e o inconsciente coordenam as nossas ações, quer de um modo voluntário ou involuntário. Deste modo, temos: Atos Voluntários –planeados e executados dependentes da nossa vontade, pelo que estão diretamente relacionados com o consciente, Ọrí Àpàrì Ìnù “A fonte da consciência”, e Ọrí Ìpọrì “Fonte do poder do pensamento”. O impulso nervoso é gerado uma energia que ativam todos os sentidos de Ọrí e conduzido sobre os órgãos implicados em cada ação que atua no Ọrí Àtàrì Àlàbàrọ “Fonte dos sentimentos”.
Atos Involuntários – que não são pensados antes de serem executados, baseando-se em instintos; estão, por isso, diretamente relacionados com o inconsciente. Quando o centro de resposta se situa na medula espinal gera-se um mecanismo automático de resposta, Ọrí Ìpàkọ “A fonte do poder espiritual na base do crânio”. As tentativas de se entender a consciência humana como sendo um fenômeno integrante da natureza têm, ao longo da história do pensamento, conduzido a uma série de dificuldades.
A maior delas possivelmente seria a dificuldade de se oferecer uma explicação causal, explicitando as condições necessárias e suficientes para que um sistema físico apresente o fenômeno consciência tal como este se apresenta para o ser humano. Uma dificuldade simetricamente oposta é o risco do conceito de consciência, decorrente, ou seja, que todo processo natural teria uma dimensão consciente. Para se evitar é preciso estabelecer na natureza física, limitando a atribuição de consciência aos sistemas vivos, que satisfaçam a certas condições.
Nesta perspectiva, embora não se considere a existência de consciência como um privilégio da espécie humana, pode-se atribuir à consciência humana uma nova modalidade de existência, que não seria encontrada em outras espécies, a “consciência de ser consciente” ou autoconsciência. Ao mesmo tempo, considera-se que outras espécies compartilhem com o humano outras modalidades de processamento. Tentativas de se prover uma definição comportamental da consciência originaram o conceito de cada diferencia de Ọrí dado a sua livre escolha.
O processo de Ọrí começa com um ato ou atos de atenção do organismo, recebendo sinais do ambiente, processando os mesmos de um modo coerente, e usando os resultados para informar ações futuras no mesmo ambiente este processo está enraizada nas cerimônias, rituais, iniciações Ẹbọ, orações entre outro. Todos estes passos podem ser identificados, e os diversos fatores envolvidos podem ser medidos em experiências no estado físico. Nas análises desses resultados, relações funcionais diversas entre percepção, atenção, memória e ação foram propostas. Tanto o conceito de “mundo fenomenal”, quanto os de “perspectiva de primeira pessoa”, e de “aspecto subjetivo” da consciência têm em comum a suposição relativa à existência de estados qualitativos típicos da consciência.
